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Cárcere em Suzano e Praia Grande

    O espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, premiada montagem da Companhia de Teatro Heliópolis, tem apresentações gratuitas no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré, em Suzano, e Teatro Serafim Gonzalez, em Paia Grande. As sessões ocorrem, respectivamente nos dias 30 de maio e 1º de junho, quinta e sábado, às 20h. As sessões contam com intérprete de Libras.

    Nas mesmas datas e locais, os integrantes da companhia ministram Oficina de Teatro gratuita para os interessados, das 14h às 16h (detalhes no serviço). 

    Em 2022, CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos ganhou o Prêmio APCA (Dramaturgia; indicado também em Direção), Prêmio SHELL de Teatro (Dramaturgia e Música; indicado ainda em Direção), VI Prêmio Leda Maria Martins (Ancestralidade) e foi relacionado entre os Melhores Espetáculos do Ano pela Folha de S.Paulo. 

    Com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos, a montagem aborda a forte presença feminina no contexto do cárcere. O enredo parte da história das irmãs Maria dos Prazeres e Maria das Dores, cujas vidas são marcadas pelo encarceramento dos homens da família: primeiro, o pai; depois, o companheiro de uma; agora, o filho da outra.

    Dentro do presídio, o jovem Gabriel – que sonha em ser desenhista – aprende estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerente ao sistema carcerário. Naquele microcosmo a violência dita as regras e não poupa os considerados fracos ou rebeldes. Fora dali, em suas comunidades, as mulheres – mães, filhas, afilhadas – buscam alternativas para tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro.

    O espetáculo mostra que os saberes ancestrais resistiram à barbárie e atravessaram os séculos nos corpos, nas vozes e nas crenças das/dos africanas/nos que, escravizados/as, fizeram a travessia do Atlântico. Iansã, Rainha Oyá, a deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo não abandonou o seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade.

    A história das irmãs é um disparador no enredo de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos para expor o quanto é difícil se desvincular da complexa estrutura do encarceramento. Enquanto a mãe enfrenta o sistema jurídico na tentativa de libertar o filho preso injustamente, lutando pela subsistência da família e do filho, sua irmã é refém do ex-companheiro a quem deve garantir suporte no presídio, sem direito a uma nova vida conjugal. Presas a um histórico circular, elas lutam para quebrar o ciclo em um percurso espinhoso. 

    Característica das encenações da Companhia de Teatro Heliópolis, o espetáculo explora as ações físicas para construir um discurso poético e expressionista das relações de poder e da situação de cárcere. A música ao vivo (violino, viola, cello e percussão) potencializa esse discurso nas cenas coreografadas, que denunciam e evidenciam o cotidiano em questão.

    O futebol, a comida, as humilhações e a disciplina são passagens que elucidam a ambiguidade da proposta do sistema para a reabilitação daquele que infringiu as regras da sociedade. O encenador Miguel Rocha explica que “a música e a coreografia têm a força de expor a concretude, a precariedade e a desestrutura do espaço onde o enredo se desenvolve”. 

    Sobre a presença das mulheres no centro da abordagem de CÁRCERE, o encenador argumenta: “São elas que carregam o fardo, que são acometidas pelos desdobramentos do encarceramento de seus familiares, tendo a vida emocional, a segurança física e a situação financeira abalada. A mulher se torna o sustentáculo da família e daquele que está em situação de cárcere”. Quanto ao título, a dramaturga Dione Carlos explica que “faz referência à ancestralidade, às mulheres que transmutam as energias de violência e morte e reinventam realidades”. 

    As apresentações e oficinas integram o projeto CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos –  Circulação, contemplado pela Lei Paulo Gustavo SP – Edital Nº 20/2023 – Difusão, que prevê circulação por 18 cidades do estado de São Paulo. As demais são: Araraquara, Campinas, Cerquilho, Itatiba, Jacareí, Limeira, Mauá, Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Vinhedo e Votorantim.

    SERVIÇO

    Espetáculo: CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

    Com: Companhia de Teatro Heliópolis

    Duração: 120 min. Classificação: 12 anos. Gênero: Experimental.

    Sessões com intérprete de Libras.

    Suzano

    Dia 30 de maio de 2024 – Quinta, às 20h

    Local: Teatro Municipal Dr. Armando de Ré   

    Rua General Francisco Glicério, 1354. Centro – Suzano/SP.   

    Ingressos: Gratuitos – Retirar 1h antes, na bilheteria do teatro.

    Oficina de Teatro – Das 14h às 16h

    Inscrição: Gratuita. Faixa etária: 16 anos.

    Informações nas redes sociais do teatro.

    Praia Grande

    Dia 01 de junho de 2024 – Sábado, às 20h

    Local: Teatro Serafim Gonzalez – Palácio das Artes   

    Avenida Pres. Costa e Silva, 1600 – Boqueirão. Praia Grande/SP.

    Ingressos: Gratuitos – Retirar 1h antes, na bilheteria do teatro.

    Oficina de Teatro – das 14h às 16h

    Inscrição: Gratuita. Faixa etária: 16 anos.

    Informações nas redes sociais do teatro. Espaço: Sala de Ballet 

    Mais informaçõesproducao.cth.c@gmail.com e (11) 2060-0318 (WhatsApp). 

    Facebook – @companhiadeteatro.heliopolis e Instagram – @ciadeteatroheliopolis

    Divulgação

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